O mundo precisa de sábios. Não chega ser "conhecedor", que é uma mera característica de quem possui conhecimentos. Sabedoria é coisa diferente, e devemos almejá-la com outro empenho. Sabedoria é ter o conhecimento e fazer a escolha mais acertada. Ser sábio é uma virtude ou um elogio, mas ser conhecedor é apenas um atributo. Ser sábio implica deliberar cuidadosamente onde está o bem e onde está o mal, separar o trigo e os alhos do joio e dos bugalhos, para tomar a melhor decisão em consciência.
Há muitas pessoas admiradas na opinião pública pelo seu conhecimento, são idolatradas até, e que enchem os jornais e a TV com as suas análises de perito. O seu papel é conhecer a realidade e criticá-la da forma mais implacável e chocante que é possível. Armados da palavra, desfazem a imagem de outras pessoas em fanicos e golpeiam as suas reputações impiedosamente. Mas, ainda assim são "conhecedores", connoisseurs, como dizem os que querem também mostrar que "conhecem" francês, que fica sempre bem (já agora, fui conferir ao Google como se escrevia o estrangeirismo...). No fim, citam os seus amigos comentadores e piscam-lhes o olho, na esperança que lhes retribuam a publicidade numa futura análise. Claro que nem todos são assim, estou a exagerar um pouco e a afastar-me do ponto que quero tocar.
O ponto que quero fazer é que nem todos os conhecedores são sábios. O sábio não quer apenas compreender os problemas, mas procura uma solução para eles. O sábio é ponderado e temperado, porque quer estar seguro (que é coisa diferente de ter a certeza) que está a diagnosticar bem a situação para responder da melhor maneira aos desafios que a vida nos faz.
O sábio é um conhecedor com ética, e por isso o mundo precisa de sábios. Precisa de pessoas que saibam acolher os ensinamentos de Deus e ajam de forma cristã. Precisamos de ti.
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