Caros colegas e ilustres leitores,
Esta talvez vá ser a reflexão do dia mais estranha que todos (ou melhor, alguns de vocês) já tiveram a oportunidade de ler neste blogue mas eu, no final do dia de ontem, fui “roubado”.
Ontem, entre as 20h15 e as 22h15, fui pela 3ª vez roubado na minha vida. Todavia, e não obstante as outras vezes, esta foi, de longe, a pior. Nas outras não tive oportunidade nem para me defender nem para me proteger. “Tavam” encapuçados os “trafulhas”…lá me “fanaram” o telemóvel. Mas nesta, foi tudo “às claras”.
Eu vi quem, como e onde foi o roubo, mas, infelizmente, não pude fazer nada para o evitar. Contudo, num “gamanço” destes, pior que o sentimento do próprio roubo em si é o sentimento de frustração de saber que as coisas aconteceram (foram televisionadas até!) e, pelo menos eu, não pude fazer nada para o evitar. E para ajudar “à festa” no final ainda recebo “sms” de alguns “amigos” a gozar com a situação (“vão de mal a pior, eheheh”, “este ano não te safas” ou “muita bem feito”).
Ontem (e não me canso de escrevê-lo) fui pilhado, fui assaltado, fui humilhado durante duas longas e intermináveis horas, durante a hora de jantar. Porém, e para consolo geral (espero), não me “gamaram” nada de material nem, tão pouco, fui agredido fisicamente.
O furto foi “espiritual”. Roubaram-me a esperança.
Roubaram-me a esperança de acreditar na verdade mas, acima de tudo, roubaram-me a “crença” de voltar a acreditar no “homem”.
No dia 15 de Outubro de 2006, ao ler um texto de reflexão escrito nesse mesmo dia, no blog “Pensar Cristo”, resolvi dar uma oportunidade ao “homem” (ver “link” abaixo, comentário “Anónimo”, s.f.f.). Na altura, demorei cerca de 1 ano e 8 meses para perdoá-lo. Agora e atendendo ao acontecimento de ontem…não sei quando ganharei forças para voltar a desculpá-lo.
[https://www.blogger.com/comment.g?blogID=20448316&postID=116103584404273079]
Bem sei, e concordo na íntegra que, como o meu amigo AVC escreveu ontem, “o perdão inesperado é uma das mais sublimes manifestações de amor”. Também sei que, como escreveu PBP anteontem, devemos “dar a outra face, de afogar o mal com o bem”.
Mas sinceramente aquilo que me apetece dizer (entre outras coisas) a esse “homem”, o ladrão que tanto mal me fez a mim e a muito boa gente, foi escrito por AVC (09/10/2010);
- LAVA OS OLHOS MAS É!
Por isso Olegário, se estiveres a ler isto meu “ganda gatuno”, espero que saibas que nem com o teu apelido (“Benquerença”) te safas! Não te perdoo! Aquilo que fizeste ontem, em Guimarães foi um escândalo, um roubo de “todo o tamanho”. Roubaste, mais uma vez, 6 milhões de pessoas em Portugal e mais 8 milhões espalhadas pelo mundo…que vergonha!
Nem te dignes a voltar a arbitrar na “Luz” meu “ganda larápio”!
E pergunta, com legitimidade, o leitor; “Este gajo está a brincar comigo?!”, “Isto é alguma piada?!”, “O que é que nós, escritores e leitores deste blogue, temos a ver com isto?!”, “Que moral se pode retirar disto?!”
A resposta às 3 primeiras questões é simples. Nada. Absolutamente nada.
Sobre a última fica ao vosso critério. Da minha parte só me resta pedir desculpas pelo tempo que perderam a ler este comentário. O Santo Papa João Paulo II disse um dia que a “estupidez também é um presente de Deus, mas não se pode abusar”. Da minha parte só espero não ter abusado.
TP