segunda-feira, 28 de junho de 2010

27 de Junho

Faço o bem porque amo a Deus, e evito o mal porque O temo. O "temor de Deus", que tantas vezes aparece nos dois testamentos da Bíblia, não é contrário ao amor, antes o complementa. O amor é aquilo que temos de mais forte, mas não deixa de ser frágil, porque somos humanos e não perfeitos. Só o amor de Deus por nós é perfeito e completo. Nós "apenas" O tentamos amar o melhor que sabemos, e nunca o conseguimos de uma forma perfeita, pelo menos enquanto estamos aqui na Terra. Para amá-Lo melhor, precisamos de confiar e sermos fiéis tanto quanto conseguimos. O "temor a Deus" mantém-nos alerta e conscientes, mantém-nos firmes na rocha dura, forma-nos na fidelidade e na confiança. Devemos amar a Deus sobre todas as coisas, e cada vez mais... mas devemos também "temer a Deus" e ter a humildade de reconhecer que não O conhecemos completamente, e de confiar n'Ele sempre que nos surpreende - tantas são as vezes que Ele nos troca as voltas...! Temos de ser conscientes que o "temor de Deus" não é aquele medo que nos prende os movimentos, antes pelo contrário, é a capacidade de nos surpreendermos e espantarmos com as dimensões de Deus que não conhecemos e, logo a seguir, animados pela confiança que temos em Deus, metermos as mãos à obra para O servirmos e amarmos com toda a fidelidade.
Como dizia São Paulo: «Trabalhai com temor e tremor pela vossa salvação. Pois é Deus quem, segundo o seu desígnio, opera em vós o querer e o agir» (Filipenses 2,12-13).

Sem comentários:

Enviar um comentário